segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A verdade sobre o Grammy Awards.



O que dizer da edição da maior palhaçada premiação musical do planeta? Bem, este blog moribundo tem bem pouco a dizer sobre a última edição do Grammy, que repleta de performances mornas, preferiu premiar artistas usando todos os critérios possíveis, exceto a coerência e qualidade, em alguns casos, como o de música do ano para o fun., com "We Are Young", e outro equívoco ainda pior - Kelly Clarkson em detrimento de Florence + The Machine, que só não foi mais injustiçada, porque Kelly também tem seus méritos, apesar de não ser a melhor, sem mencionar o absurdo de ter ignorado a verdadeira artista revelação do ano passado, que foi também a dona dos melhores videoclipes pop de 2012, Lana del Rey.

Outra piada sem graça foi o Grammy para Naldo Chris Brown, que foi vestido com um figurino tão estiloso quanto o de um garçom. Aliás, não foi somente Chris que foi ridiculamente vestido a premiação. Katy Perry, Florence e Adele fizeram péssimas escolhas, e sobretudo, a última citada, parece ter vestido a toalha do último pique-nique ao qual fora.

Ausente de performances pop (negativa ou positivamente) chocantes, como a de Lady Gaga em 2011, ou a de Nicki Minaj, em 2012, a edição de 2013 teve performances mais contidas, porém, surpreendentes e encantadoras. Os destaques da noite foram, primeiramente, Rihanna e Mikky Ekko, que apesar de ainda se manter exaustivamente presente no cenário musical, apresentou sua melhor e infelizmente pouco explorada faceta introspectiva e sem farofas imbecis. Entre outras apresentações memoráveis está do brilhante Bruno Mars, que certamente, é o melhor cantor pop da atualidade, além do dueto entre o rei Elton John e o impecável Ed Sheeran.

As irrelevâncias da noite ficaram por conta de Taylor Swift, a paquita mais sem sal já vista, e pela performance de homenagem a Bob Marley, que apesar de ter contado com Sting, me rendeu mais bocejos do que aplausos. Ademais, o evento seguiu uma linha na qual realmente quer estagnar-se, com a maioria de suas apresentações tão irrelevantes quanto o status atual da premiação, que privilegia suas cartas marcadas, descartando os reais merecedores. O evento só não se torna ainda mais sem graça, porque assim como a o Corinthians estava para a Libertadores, a saga de Katy Perry rumo ao seu primeiro Grammy parece não ter fim. Isso até o dia em que ganhar, aí sim, todos poderão dizer adeus ao que um dia foi considerado uma premiação séria e criteriosa. 

E é importante ressaltar a real dimensão do absurdo que está no fato de Florence vir sendo ignorada pela academia. Isso só prova o quão lendária ela e sua banda, assim como o Queen, Depeche Mode e Led  Zeppelin são. Talvez, os injustiçados sejam grandes demais pra serem premiados por uma academia (talvez para para ser (?)) estupidamente errônea. Azar de quem? Do Grammy, é claro.

Confira a lista dos vencedores das principais categorias: 

           Pop Duo/Group Performance – “Somebody That I Used to Know”, Gotye Feat. Kimbra

                                                      R&B Performance – “Climax”, Usher
                                    Traditional R&B Performance – “Love On Top”, Beyoncé
                                                      Rap Album – 'Take Care', Drake
Rap Performance – “N****s In Paris”, Jay-Z e Kanye West
Rap Song – “N****s In Paris”, Jay-Z e Kanye West
Alternative Music Album – 'Making Mirrors', Gotye
Rock Song – “Lonely Boy”, The Black Keys
Rock Album – 'El Camino', The Black Keys
Country Song – “Blown Away”, Carrie Underwood
Dance Recording – “Bangarang”, Skrillex Featuring Sirah
Dance/Electronic Album – 'Bangarang', Skrillex
Best Short Form Music Video: “We Found Love”, Rihanna Feat. Calvin Harris
Pop Solo Performance - "Set Fire To The Rain", Adele
Country Solo Performance - "Blown Away", Carrie Underwood
Song Of The Year - "We Are Young", fun.
Urban Contemporary Album - 'Channel Orange', Frank Ocean
Pop Album - 'Stronger', Kelly Clarkson
Rock Performance - "Lonely Boy", The Black Keys
Rap/Sung Collcaboration - "No Church In The Wild", Jay-Z feat. Kanye West, Frank Ocean & The Dream
Country Album - 'Uncaged', Zac Brown Band
Best New Artist - fun.
Record Of The Year - "Somebody That I Used To Know", Gotye feat. Kimbra
Album Of The Year - 'Babel', Mumford & Sons

sábado, 5 de janeiro de 2013

ELAS SÃO RICAS: Segunda-feira, dia 7, começa a segunda temporada de "Mulheres Ricas"

Um dos programas que mais deram o que falar ano passado, "Mulheres Ricas", está de volta, com uma repaginação quase que total.
Narcisa Tamborindeguy e Val Marchiori, continuam, mas para substituir Brunete, Lydia e Débora, vem Andréa de Nóbrega (44), Aeileen Varejão (21), Cozete Gomes (43) e Regina Manssur. E abaixo temos uma lista das integrantes com alguns detalhes e alguns comentariozinhos.

Andréa de Nóbrega:
Andréa é a ex-mulher de Carlos Alberto de Nóbrega, da Praça é Nossa, e se diz atriz e humorista, por ter participado de alguns episódios de Escolhinha do Gugu e A Praça é Nossa (claro que o fato de ser mulher do chefão do programa não interferiu em nada! óbvio). E agora se lança como Mulher Rica, mas há controvérsias.

Aieleen Varejão:
Aieleen (se pronuncia *aiêlin*), é do turna do campo. Não existe muita coisa sobre Aieleen, mas dá pra saber que ela pratica esportes com cavalos, tem o 2 musicas e está em busca de ser uma" cantora profissional de sucesso", segundo a mesma. Relembrando, Aieleen tem apenas 21 aninhos. Então senhoras e senhores, façam suas apostas conclusões.

Cozete Gomes:
Cozete é empresária, dona de oito empresas, a grande maioria no ramo de marketing, entretenimento e agenciamento de modelos, é bonita e louca por sapatos, que inclusive é objeto principal de um de seus empreendimentos. Ou seja, minha preferida.

Mariana Mesquita:
Mariana é a típica esposa de ex-jogador de futebol, é do tipo gostosona e tem uma marido muito ciumento. E é uma grande aposta para a categoria "Mulher rica que acaba o programa separada", que teve Val Marchiori como representante, ano passado.

E as outras duas são Val e Narcisa que já conhecemos muito bem, e dispensam apresentações e tudo fica por conta do "Hello" e do "Ai que loucura". O mais legal é que já deu pra perceber, por uma entrevista no CQC, que as novas ricas são descontraídas e são grandes apostas de animação para nossas segundas a noite.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

RETROSPECTIVA: Os 10 melhores álbuns internacionais de 2012


Já listamos os dez melhores álbuns de 2012 na categoria nacional, agora chegou a vez dos gringos aqui no NNNCO.

MELHORES ÁLBUNS DE 2012: NACIONAL

1° Marina and the Diamonds - Electra Heart

É mais do que merecido ela estar no topo da lista dos melhores álbuns internacionais de 2012. Após um mal sucedido primeiro álbum, alguns EPs que pouco fizeram barulho, e um término de relacionamento fizeram parecer que nada podia ficar pior para Marina Diamandis. Mas foi a partir do nada que ela juntou forças e com seu sangue de artista, conseguiu escrever um álbum pop chiclete que começa eletrônico e inconsequente, e termina íntimo, frio e natural, como o acordar em uma manhã fria. Se em 2011, um término de relacionamento proporcionou a explosão de Adele, em 2012, quem explodiu pro mundo por um pé na bunda foi ela, porém, de forma mais vitoriosa e pop. (E tomara que em 2013 seja eu, né?). Com direito a alter ego, visual ora vintage, ora cute, e com a fundamental ajuda de Dr. Luke, (mesmo produtor de Kesha e Rihanna), soube na dose certa trazer ritmos ora dançantes e radiofônicos, ora melancólicos, além de fazer parte do clube dos artistas que nos fazem dançar ao som de suas tristezas. Aliás, se o "Electra Heart" fosse um disco acústico, ele talvez estaria na primeira posição dessa lista, já que Marina é um dos melhores vocais do ano. 


Ouça: "Lies""Staring Role"



2° Lana Del Rey - Born To Die: Paradise Edition

Do indie ao alto do mainstream, foi o resultado do gráfico de público de Lana Del Rey. Lana que já havia tentado se lançar de vários modos e nomes, incorporou a Del Rey e deu certo. Com seu primeiro trabalho (como Lana Del Rey) ela conquistou a Europa arrebatadoramente e com o relançamento a moça pretende entrar em sua terra natal, o US. Influências de Lana vão desde Elvis Presley até Britney Spears. Mas o seu som soa pop melancólico.


3° Alicia Keys - "Girl On Fire"

Para quem é fã de R&B, o ano de 2012 foi gratificante. Tivemos um grande nome do gênero em uma de suas melhores formas. Alicia trouxe todo o ar coral religioso, com backing vocals masculinos (que nos remete ao jazz), composições basicamente sobre amor e sua bela e rouca voz. Em "Girl On Fire" temos desde a faixa animada, com participação de Nicki Minaj até a mais fossa. É para todos os gostos. 


4° Bruno Mars - Unorthodox Jukebox

Depois de ter conquistado os corações de todas as meninas de 12 a 14 anos do mundo, Bruno Mars parte para um rumo mais coeso. Há algum tempo Mars havia dado a dica que ele fazia o tipo retro. E com o "Unorthodox Jukebox" ele oficializa sua relação com os tempos de brilhantina. E suas influências vão de Michael Jackson até o reggae em faixas variadas, tudo com muita sutileza e com toque de originalidade.

Ouça: "Gorilla""Show Me"


5º P!nk - The Truth About Love


Um álbum com nome de livro de autoajuda, que expôs várias visões - pessimistas e positivas - sobre o amor, mostrando que a sonoridade de Pink ainda soa semelhante aos seus trabalhos anteriores, mas que se supera em qualidade e unicidade a cada álbum, e isso é tão notável, que as colaborações de Eminem e Lilly Rose Cooper passam desapercebidas, exceto a de Nate Ruess, que participa da faixa mais bela e emocionante de um álbum pop que jamais tratou de um sentimento tão complexo de forma tão honesta.



6º No Doubt - Push And Shove


Após um hiato de uma década, o No Doubt voltou pra sambar na cara dos farofeiros, e presentou seus fãs com o sexto melhor álbum pop do ano, que foi composto sob a supervisão do produtor Mike Spent e reúne influências de new wave, ska (ritmo jamaicano), e música nativa indiana e africana. O disco tem uma sonoridade que só eles são capazes criar, e os temas, são os mesmos de sempre, porém, com uma magia a mais. Até um término de relacionamento consegue ser mais leve e nem tão triste assim com o No Doubt.



7º Frank Ocean - Channel Orange


Channel Orange está longe de ser um álbum apenas de hip hop. Ele está mais pra melhor álbum de hip hop do ano, e um dos motivos de tal posto, é justamente as diversas influências do disco, que em muitos momentos empresta a si a suavidade e visceralidade do bom e velho R&B. O álbum é maduro, coerente e apaixonante. E nem dependeu da polêmica de Frank ao se assumir homossexual para promovê-lo. O álbum já o faz por si só, e muito bem, obrigado.



8º Muse - 2nd Law


"Mesmice" e "conforto" são palavras totalmente desconhecidas por esses moços que salvaram lindamente 2012 com essa sonoridade gostosa, porém arriscada por conter dubsteps, que por vezes ameaçaram quebrar o encanto do álbum, mas que no fim das contas, só veio a somar com o delicioso balanço das notas sobre as melodias adoráveis que o Muse pariu em 2012. 

Ouça: "Save Me", "Liquid State"

9º Halcyon - Ellie Goulding


Ellie Goulding, a cantora com voz de algodão doce teve a prova de sobrevivência ao segundo álbum vencida, e nele há músicas que têm alto potencial para se tornarem hit e provarem que Ellie Goulding não é uma cantora de uma música só. O uso dos dubsteps no álbum é inteligentíssimo,  a sua voz angelical e as melodias sombrias combinaram perfeitamente, e até mesmo a colaboração do já manjado Calvin Harris é, surpreendentemente, incrível. O álbum é tão notável, que teve uma faixa que figurou entre a trilha sonora de Amanhecer parte 2, e só não teve números melhores nos charts por falta de divulgação.



10º Madonna - MDNA


É bem verdade que Madonna teve uma conduta desprezível em 2012, e chamou mais atenção nas polêmicas em que se envolveu, do que pela qualidade de sua música que vem enfrentando dificuldades pra se manter no trono. Me parece que hoje, esse trono foi divido por diversas cantoras, e o espaço a Madonna só é grande no passado. Mas apesar de ter apostado em batidas nada fora do comum, e com uma produção manjada de Benassi, ela conseguiu nos presentear com músicas memoráveis, que poderiam fazê-la estar no topo da lista, se ela ainda possuísse o fator x que tinha há 20 anos atrás.


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

RETROSPECTIVA: Melhores clipes de 2012

Em 2012, tivemos no mundo dos clipes internacionais, grandes produções, surpresas que não exigiram piruetas em meio ao fogo, belas cenas e muita criatividade. Listamos os dez melhores clipes do ano, confira.

1º Lana del Rey -  Ride

Seria inútil tentar descrever a qualidade artística e o comprometimento que Lana del Rey e sua equipe criativa tiveram durante esse ano. Foi difícil escolher o seu melhor vídeo, pois todos eles são acima da média, mas Ride, que está mais para um longa-metragem não é apenas o melhor clipe de Lana, mas também o melhor clipe do ano. A balança de pneu que está pendurada sabe lá Deus onde, a fotografia impecável, a melancolia gostosa da música torna o clipe único, e faz seus 10 minutos parecerem apenas um. Se 2013 promete ser melhor que 2012, eu não sei. Só sei que isso só será possível se Lana participar dos lançamentos que ocorrerão durante ele.



2º Home - Phillip Phillips

Phillip Phillips foi o maior nome do country pop do ano, e uma promessa para 2013, mas que já está caminhando para tal desde já. A música é incrível e ganhou um clipe à sua altura. O vídeo contém uma edição rápida e fascinante, recheada de imagens lindas, com efeitos meio instagrâmicos que, mais do que nunca, estão em evidência não só na indústria, como também nos smartphones espalhados ao redor do mundo.



3º Lady Gaga - Marry The Night

Lady Gaga em metalinguagem. Seria uma boa definição para o clipe de "Marry The Night", que abrangeu a história da mother monster de uma maneira nunca antes exposta. "Não é que eu não queria ver as coisas do jeito que elas são, apenas prefiro me lembrar delas de uma maneira mais artística", é o que diz o prelúdio do clipe e que retrata bem as cenas que seguiram e o conjunto da obra que forma a carreira de Lady Gaga. A dramatização, o ballet, Beethoven, entre outros elementos, foram mais que um clipe, e sim um dos melhores curtas metragens do ano.



4º  Marina and the Diamonds - Power & Control

O quarto melhor clipe da nossa lista, é com certeza o mais requintado. A fotografia azulada, imagens aleatórias, mobiliá requintada, um pendulo de Newton, são só alguns dos artifícios que enriquecem o vídeo. E mesmo  sem vários núcleos de imagens, "Power & Control" se garante com muita dinamicidade de cena, nos deixando contentes com o que estamos vendo.



5º  Ellie Goulding - Anything Could Happen

Nossa blond girl revelação de 2012 vem surpreendendo cada vez mais com a sonoridade e estilo de suas músicas. Seu novo álbum "Halcyon" prende a atenção dos ouvinstes, do início ao fim. Portanto, ACH segue a mesma linha tênue. Angelical e puro são as palavras que melhor classificam esse clipe encantador, meloso, chiclete e criativo. Ok, e um pouco dramático também. Com uma fotografia requintada e ótima coloração, o clipe me obrigou a deixá-lo entrar na lista dos 10 melhores clipes do ano.



6º Calvin Harris ft. Florence Welch - Sweet Nothing

Depois do remix de "Spectrum (Say My Name)", ficou óbvio que a parceria de Florence Welch e Calvin Harris não pararia por ali. "Sweet Nothing" é um clipe que marca uma linha de produções que teriam tudo para serem muito tristes mas surpreendem por serem sentimentos profundos narrados por uma batida eletro. O visual inicial de Florence, as cenas de violência e os cenários underground nos remetem à um cenário bem pensado e harmônico. Enfim, tudo um grande acerto. [Assista]

7º Timebomb - Kylie Minogue

O videoclipe do single come back de Kylie nesse ano foi dirigido por Christian Larson, que fez um trabalho maravilhoso de edição e sincronia entre cortes de imagem e as batidas dessa música da Queenlie, que é uma delícia. As imagens foram captadas por várias câmeras enquanto Queenlie andava, fotografava e sambava por Londres, e a elas foram aplicados vários efeitos que só vieram a enriquecer e torná-lo um clipe daqueles que cumprem e muito bem a função de um clipe, que é a de provocar vontade de assistirem-no mais de uma vez. [Assista]

8º Take Care - Drake ft. Rihanna

Música linda, suave e intimista. Ganhou um clipe com as mesmas características, com um toque sombrio, mostrando que Drake se importa com RiRi, e a abraça fofamente, mostrando que não se importa com o passado sofrido e apanhado da Testa. Brinks, rs Após o seu lançamento, especulações de que os dois estariam juntos surgiram, mas isso foi desmentido por ambos, e agora, com a volta não anunciada, porém, óbvia de Testa e X Brown, a ficada dos dois não evoluiu. Voltando ao clipe, vale ressaltar que ele foi dirigido por Yoann Lemoine, que também dirigiu Born To Die e Blue Jeans, que também são MUITO bons, e que provavelmente estaria nessa lista, se ela se estendesse até os 20 melhores. [Assista]

9º Coldplay - Hurts Like Heaven

O quinto single do aclamado Mylo Xloto ganhou clipe com cenas do gibi que a banda irá lançar em fevereiro, e que já conta um pouco da história do personagem protagonista Mylo. O vídeo foi dirigido por Mark Osborne, que dirigiu grandes animações, como Bob Esponja e Kung Fu Panda. Por ter ganhado um formato diferente e criativo, o vídeo merece estar nessa lista, ainda que não seja a melhor produção do álbum mais recente de X Martin e sua trupe. [Assista]

10º Pink - Try

Pink está em um ótimo momento de sua carreira, lançando clipes memoráveis e um deles é "Try". Nele a cantora de "Blow Me" está colorida (a lá Kesha) em uma espécie de dança/luta/exercício de equilibrio... seja como for, "tentando" estar bem com o seu boy. [Assista]

*Participação e agradecimentos: Marcelo Hahn. Valeu, Marcelo! 

RETROSPECTIVA: Os melhores singles de 2012

Demorou, mas hoje sentamos a bunda na cadeira para fazer a retrospectiva do pop em 2012, que foi um dos mais monótonos ano do pop, but, decepções a parte, vamos à lista:

MELHORES SINGLES DE 2012:

Marina and the Diamonds - How To Be A Heartbreaker

O melhor single do ano, é da menina da voz grave mais talentosa que surgiu esse ano. Talvez Marina tenha sido a saída, a salvação daqueles que têm fobia à farofa, trazendo uma proposta totalmente diferente para o pop. A música dela é indie demais pra ser pop, e pop demais pra ser indie, e esse status, combinado às suas letras pós-término de relacionamento + superação + rancor fizeram muitos lonely hearts se apaixonarem por ela. HTAH pode não ter sido um sucesso nos charts, mas ganhou um clipe pop muito notável, e muito apelativo, sendo listado pela MTV como um dos clipes mais gays de todos os tempos. Assista:


Bruno Mars - Locked Out Of Heaven

Essa foi a música que me faz pagar a língua e passar a gostar de Bruno Mars. É indiscutível que o cara é um gênio, que talvez seja o homem mais talentoso do pop atual (posto que divide com Adam Levine), que ele CANTA MUITO, e que ele produziu um dos melhores discos do ano, sem prometer nada. Locked Out Of Heaven está sendo tocada à exaustão, mas isso já era de se esperar. A música tem uma típica letra chiclete, que é combinada com uma produção de muuuuita qualidade e um x factor inexplicável, que nos faz delirar ao ouvir essa obra-prima que Bruno Mars compôs.


PSY - Gangnam Style 

Sim, é um absurdo figurar PSY na mesma lista em que Marina Diamandis, Bruno Mars e outras personalidades únicas da música, mas seria pior ignorar o que foi o maior viral de todos os tempos, e a maior vergonha para as gravadoras, devido ao fato de o vídeo mais visto da internet não se tratar de um clipe de um artista pop americano, e sim, de um... artista sul-coreano decadente. É claro que Gangnam Style não tem qualidade musical nenhuma, mas a fórmula "refrão pegajoso + coreografia fácil + non sense total" foi perfeitamente utilizada, rendendo ao cantor um dos poucos méritos que sua carreira tem, que é ter conseguido 1 bilhão de views em um clipe, e uma participação em um dos shows da MDNA tour. Mas... o que levou uma música tão tosca chegar a tão longe? Simples: os norte-americanos adoram farofa, mas eles adoram ainda mais farofas engraçadas. Isso também explica o sucesso de Ai, se eu te pego nas terras do Obama. Barra pena.

P.S.: o vídeo de Gangam Style não será incorporado ao post por motivos de: todo mundo já viu essa merda. Mas quem quiser saber mais sobre a história de Gangnam Style, Psy e a dimensão que a música ganhou, aqui vai o link de um infográfico que traz várias informações a respeito de tudo isso. 


Florence + The Machine - Spectrum

A mulher mais talentosa da lista. E a que tem os vocais mais potentes também. vide Spectrum, que é a música com vocais agudos e longos mais arrebatadores que eu já ouvi em toda a minha vida. É impossível não ter orgasmos ao se ouvir o eco da voz de Flo nos trechos do refrão. E Spectrum é a música mais visceral e a mais icônica do Cerimonials, que pra mim, é o melhor álbum do ano passado. Perfeitamente melódico e encantador.


5º  Rihanna - Diamonds

A música detentora do refrão mais chiclete do ano até merecia uma posição mais elevada devido à sua produção digna, composição harmônia e pelo que acrescentou à carreira de Rihanna, mas o clipe deixou - e muito - a desejar. Será que é uma regra do pop fazer um clipe péssimo pra uma música linda? Me parece que sim...



Christina Aguilera - Your Body

Christina Aguilera perdeu sua identidade artística? Perdeu. Lotus flopou lindamente? Sim. Lotus é um CD desconexo e xoxo? É. Mas especificamente duas músicas do álbum são muito boas. A primeira (a que eu mais gosto) é Just a Fool, que talvez seja a balada do ano. Porém, Your Body é muito mais potente, por ter alcançado números melhores nos charts (nada satisfatório), e ganhou um clipe a la Telephone, com direito a fogo rosa e samba em câmera lenta.



Gotye ft. Kimbra - Somebody That I Used To Know

Uma música que até hoje não me desce é STIUTK. Sinceramente, acho que a voz de Gotye não tem nada demais. É como um dos milhares de cantores que sobem covers em suas contas do Youtube, mas algo inexplicável torna essa música necessária de ser ouvida, ao menos uma vez por semana (risos), além da voz doce da Kimbra, que salva - e muito - os refrões e pré-refrões do single que foi lançado em meados de 2011, mas que virou hit somente neste ano. Ouça aqui.

Figure 8 - Ellie Goulding

A mulher da voz de algodão doce, e dona do hit Lights (outra música lançada em 2011, que só atingiu altas vendagens em 2012), aproveitou pra lançar álbum novo esse ano, e eu, que duvidava de seu potencial, e a achava uma cantora de uma música só, paguei minha língua lindamente. O Halcyon é um dos melhores álbuns desse ano, tem a integração perfeita entre voz e música eletrônica, e até hoje, é o melhor álbum com uso de dubsteps que eu já ouvi. O álbum tem outras músicas que mereciam ser destacadas, mas Figure 8 é mais impactante e a que mais se distingue, não só entre as faixas companheiras de álbum, mas também entre as faixas pop que estamos acostumados a ouvir. Ouça aqui.

9º  No Doubt - Looking Hot

Após uma longa década sem Gwen Stefani e seus companheiros de banda, o retorno foi triunfante. Com o single comeback Settle Down, eles provaram que continuam com a essência No Doubt de sempre, porém, com novas influências, que por sua vez, estão mais africanas do que nunca. E de todo o álbum, que por sinal é um dos melhores do ano, Looking Hot se destaca por ser gostosa, chiclete, e também por um fator que de musical não tem nada, mas que promoveu muito bem a música foi a polêmica que o clipe gerou ao ter conotações racistas (que pra mim, não passaram de mais uma das bobagens hipócritas dos norte-americanos). Ouça aqui.

10º Azealia Banks - Esta Noche

Azealia Banks, essa magricela mais linda do pop. Essa rapper filha da mãe, que fez eu passar a gostar de rap, e que além de ter conseguido essa proeza, ainda conseguiu outra maior: inovar a ponto de tornar uma música de rap tão vendível fora dos EUA, quanto uma de pop. Ok que Nicki Minaj também conseguiu isso, mas Azealia é muito diferente de Minaj por diversos motivos: é talentosa, tem voz agradável, tem letras melhores e produções mais bem trabalhadas. A prova disso é Esta Noche, do EP Fantasea, que ela lançou esse ano, e que é uma delícia. A música começa suave, e quando você já não espera uma reviravolta, ela começa com uma batida altamente viciante e gostosa, que torna impossível não ativar o repeat. Ouça aqui.

11º Carly Rae Jepsen - Call Me Maybe

Carly Rae, a menina que é mais velha que Lady Gaga e Katy Perry, e que só perdeu pra Gangnam Style, como o maior hit do ano, mas que ganha na qualidade da música, mas empata no quesito chiclete, arrebatou os teens e até mesmo os idosos, que cantaram o refrão simples e pegajoso à exaustão, contribuindo para que a música batesse o recorde de Born This Way, de Lady Gaga, chegando a nove semanas SEGUIDAS no topo do Hot 100 da Billboard. É. tudo que é ruim dura muito. Ouça aqui.

12º  Marron 5 - Payphone

A música tem um clipe grandioso, um refrão melódico, e MUITO pegajoso e pra ajudar, tem a colaboração de um rapper em evidência, que ajuda a alavancar a música, como se ela precisasse de qualquer um desses artifícios pra vender e hitar, em se tratando de Maroon 5, banda que só perde para Coldplay para grandes hits e... qualidade. Ouça aqui.

13º fun. ft. JanelLe Monáe - We Are Young 

Seria um crime se esta música não figurasse nessa lista, mesmo estando na antepenúltima posição. É sabido que fun foi a banda de maior destaque no ano, e isso foi comprovado pelo número de indicações qie eles receberam ao Grammy de 2013. Certamente, esse single foi um dos maaaaaaais executados das rádios do continente americano, e para ajudá-lo a se tornar um hit, Janelle Monáe, uma lady da música unhype, que é o pingo de perfeição que faltava nos versos dessa música que jura que todos nós somos jovens. Ok, né. Ouça aqui.


14º f(x) - Electric Shock

2012 foi o ano que o K-pop invadiu a América e roubou a cena do pop americano em todo o mundo, e não é só PSY que merece ser mencionado nos blogs e revistas de música, já que há inúmeros grupos sul-coreanos que são infinitamente melhores que o cara, e as f(x) são prova disso. Electric Shock é o single comeback das f(x), e também a música mais chiclete que eu já escutei na minha vida. Mais até do que Bad Romance e Call Me Maybe. Ouça aqui. 


15º Kelly Clarkson - Dark Side

Kelly talvez seja a única vencedora de um reality musical que provou que veio pra ficar, e que realmente é uma artista. Talvez ela nunca alcance vendas estrondosas e sequenciais #1's em sua carreira, mas nem precisa. O nome "Kelly Clarkson" por trás de uma música já é o suficiente para ela ter qualidade, e Dark Side vai muito além de ser um single bom. Todas as pessoas que estão em um relacionamento, ou já tiveram em um vão se identificar com a letra e se emocionar com a melodia da canção. Ouça aqui.