A melancolia de Lana Del Rey, nos moldes do bom e velho cinemão.

Lembro-me muito bem de quando ouvi pela primeira vez o nome de Lana Del Rey. Eu estava vagando pelas páginas da internet quando me deparei com o vídeo "Born To Die", primeiro single do álbum, com o mesmo nome, da cantora norte americana. Foi amor a primeira vista! A melancolia e o estranho pesar inserido na música daquela menina até então desconhecida me deixou curioso, não a ponto de me tornar um grande fã, mas sim, um devoto admirador.

Mesmo com as críticas não muito positivas que Born To Die recebeu (muitos condenaram o estilo retrô e rotularam a cantora como um produto, montado para agradar um público específico), Lana Del Rey decidiu relançar seu álbum de estúdio, com o nome de "Born to die - Paradise Edition". O mais novo single, a canção "Ride", foi divulgado oficialmente dia 25/09, e hoje, o clipe está disponível no canal da cantora no youtube. Para os que pensaram que Lana Del Rey estava "fazendo cena" quando alugou um cinema para o lançamento do vídeo de "Ride", estavam redondamente enganados, o clipe nada mais é que Lana expondo seu amor pela sétima arte, é como um filme onde ela brilha ao seu modo e ao seu ritmo durante os dez minutos de duração.

É um vídeo feito por alguém que possui uma paixão incondicional pela música, pelo cinema e pela imagem em si, é possível sentir o cheiro do que está na tela, é quase possível apalpar a agonia e o sentimento reprimido naquela menina que sofre, mas que já se acostumou à dor. Realmente, um trabalho maravilhoso! Algo que pode ser ressaltado também, é o fato de que Lana é o único rosto bonito no vídeo, seus "amantes" são feios, sujos e suados, algo  que vai contra o que as cantoras atuais (como Britney Spears e Lady Gaga) vêm nos mostrando ultimamente.

Falando em Lady Gaga, Lana recebeu algumas críticas, pois em determinado momento do seu "curta metragem" ela está na garupa de uma moto, cercada por outros homens, algo que lembra instantaneamente "Judas". Coincidência? Penso que sim! Alguém com tanto bom gosto não teria tão pouco juízo, certo? Em tempos onde falar de plágio é como falar da vida dos outros, Lana Del Rey deve estar mais atenta a estes pequenos detalhes, para que não caia e não se sufoque em sua doce melancolia.