A volta de Adele vai nos deixar saudades.

Sim, é isso mesmo. Adele voltou. Mas já está indo. Não ouviremos mais músicas inéditas tão cedo. O seu empresário já disse que talvez ela volte em meados de 2014, mas tudo vai depender dela. Mas, como um prêmio de consolação aos seus fãs, Adele lançou Skyfall, uma música belíssima, com direito a orquestra e produção impecável de Paul Eptworth. A faixa será a música-tema do novo filme da franquia 007, que tem sua estreia programada para a semana que vem, e está sendo muito bem esperado. Um crítico inglês que já assistiu ao filme, disse que ele é o melhor de toda a saga 007.

Voltando à Adele, o que quero salientar é que, apesar de Skyfall ser uma música para fins comerciais por se tratar de uma canção-tema de um filme, Adele é o maior exemplo de um legítimo artista que conseguiu chegar ao topo sem exibicionismos, nem estratégias de marketing; usando apenas sua potência vocal e seu legítimo talento para a arte. E não satisfeita, ressuscita a vendagem de álbuns físicos, atingindo a marca de, nada menos que 25 milhões de cópias vendidas até agora.

Adele se recusa a apresentar-se em estádios. Adele se recusa a emprestar seu nome à campanhas publicitárias. Adele não fez da sua gravidez um evento, e provou que é possível ascender à fama sem mostrar as coxas em coreografias enlatadas, sem o uso de play back  nem dubstep e autotune, e sem precisar pisar ou diminuir as qualidades das demais concorrentes fonográficas.

Mas após sua ascensão e de provar que veio pra ficar, e que veio pra cantar música para os ouvidos e não para os olhos, hitar é apenas uma consequência de um trabalho e talento singular de Adele, que em seu auge, aproveitou para sair de fininho da cena musical, para cuidar de sua vida pessoal, e de seu filho que acabou de nascer. Mesmo com o lançamento de Skyfall, é necessário confessar que já estou com  saudades (quem não?) da cantora que provou que não é preciso ter uma cintura fina para vender seus álbuns.

Ouça Skyfall: